2007/06/11



Daphne du Maurier

A dama da Cornualha


«Last night I went to Mandarlay again». É com esta frase, simples e breve como um seixo da praia, que Daphne du Maurier abre o mais famoso dos seus romances, Rebecca. Hitchcock adaptou-o (depois de ter adaptado, ainda na sua fase britânica, outra obra da autora, A Pousada da Jamaica)e fez-nos voltar muitas vezes a essa mansão de Mandarlay assombrada por um amor tão perigoso como os baixios da Cornualha.
Digna herdeira das irmãs Brontë e das novelas góticas do século XIX, Daphne du Maurier nasceu há precisamente 100 anos (a 13 de Maio de 1907). Filha de uma família de escritores e actores, a gentil lourinha que vemos na fotografia cedo se tornou um caso sério de sucesso, em Inglaterra e fora dela. As brumas da Cornualha onde se decidira a viver decerto contribuiram fortemente para o ambiente de mistério e perdição em que envolveu as suas personagens, desde The House on the Strand, The King's General, Frenchman's Creek, Hungry Hill , My Cousin Rachel ou Mary Ann ou mesmo em short stories como The Birds (que inspirou outro filme de Hitchcock) ou Don't Look Now. Morreu a 19 de Abril de 1989. O seu nome evoca ainda um mundo de ténues fronteiras entre mortos e vivos.

Estante (novidades editadas em Portugal)

  • Afonso de Albuquerque, Minorias Eróticas e Agressores Sexuais (Publicações D.Quixote)
  • Ana Benavente/Maria Manuel Viana, Damas, Ases e Valetes (Teorema)
  • Ana Paula Tavares, Manual para Amantes Desesperados (Ed.Caminho)
  • Edmundo Pedro, Memórias - Um Combate pela Liberdade, volume I (Âncora Editora)
  • Enrique Vila-Matas, Doutor Pasavento (Teorema)
  • Gonzalo Torrente Ballester, Memória de um Inconformista (Âmbar)
  • Helder Macedo, Trinta Leituras (Editorial Presença)
  • Ignacio Martínez de Pisón, Enterrar os Mortos (Teorema)
  • Iris Murdoch, O Homem Acidental (Relógio d'Água)
  • Jean Ziegler, O Império da Vergonha (Asa)
  • José Dias Coelho, A Resistência em Portugal (Avante)
  • José Vegar, Serviços Secretos Portugueses (A Esfera dos Livros)
  • João Miguel Fernandes Jorge, Termo de Óbidos (Relógio d'Água)
  • Luís Cardoso, Requiem (Publicações Dom Quixote)
  • Malek Chebel e Lassaad Métoui, Os 100 Nomes do Amor (Europress)
  • Manuel Tavares Teles, Os Manuscritos Gertrudes (Guerra e Paz)
  • Manuel Vásquez Montálban, Milénio I e II (edições Asa)
  • Monica Ali, Alentejo Blue, Edição Caderno
  • Mário Matos e Lemos, Jornais Diários Portugueses (Ed. Ariadne)
  • Paula Elysey Mesquita, O que Billy quer vestir - Dinâmicas Sociossexuais em Willa Cather e William Faulkner (Campo das Letras)
  • Ricardo Pais, Actos e Variedades (Campo das Letras)
  • Rogério Fernandes, Alberto Lopes, Luciano de Faria Filho (orgs), Para a compreensão histórica da infância (ed. Campo das Letras)
  • Santiago Roncagliolo, Abril Vermelho (Teorema)