Biblioteca do British Museum, Londres
Como numa catedral, a imensa cúpula convida à elevação do espírito. Mas neste «templo» não há santos nem símbolos religiosos, apenas livros, livros e mais livros, alinhados ao longo de quilómetros de estantes dispostas em círculo. Nas escuras mesas de trabalho do Reading Room do British Museum, em Londres, ocuparam as suas horas de estudo leitores com a importância de Karl Marx, Gandhi, Rudyard Kipling, George Bernard Shaw, Lenin, H.G. Wells, Virginia e Leonard Woolf, entre tantos outros, cujos nomes estão inscritos na parede de entrada da monumental sala. Quantas obras-primas nasceram sob este céu de vidro? Quantas revoluções se congeminaram entre estes mesmos livros de pesadas encadernações?
Concebida em 1857 pelo arquitecto Sydney Smirke, a Sala esteve aberta ininterruptamente até 1997, quando deixou de ser a Sala Principal da British Library (agora a funcionar em St. Pancras)para se tornar um monumento, renovado pelo arquitecto Norman Foster.
Como o próprio Bristish Museum, este espaço constitui parte fundamental da iconografia londrina. Louis MacNeice dedicou-lhe um poema («The British Museum Reading Room») e boa parte do romance David Lodge, O Museu Britânico ainda vem abaixo tem-na como um dos seus principais cenários.
Maria João Martins
1 comentário:
Minha querida, esta tua europa tem muito que se lhe diga. Parabéns!! Obrigado por me fazeres reviver a atmosfera literária desta livraria monumental. Only youuuuuu
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